sexta-feira, 5 de julho de 2013

Bom Fim de Semana!!!!!

Bom gente, fim de semana chegando e lá se vai mais um dia, consulta pré operatória com nutricionista agendada para 17/07, uma semana antes da cirurgia. 
essa consulta será para orientação de como deverá ser minha alimentação nos primeiros 15 dias dieta  liquida total, meu nutricionista é o Thiago Sacchetto, do Hospital Albert Einstein um excelente profissional, assim como os outros que passei nas avaliações.

Deixo como leitura uma entrevista que encontrei em um site que cito a fonte abaixo:

Entrevista sobre cirúrgia bariátrica com Nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein.


Thiago Sacchetto de Andrade é Mestre em “Ciências da Saúde” pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM).
Especialista em “Saúde, Nutrição e Alimentação Infantil” pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM).
Nutricionista do Centro de Cirurgia da Obesidade Einstein do Hospital Israelita Albert Einstein.
Docente do Centro Universitário SENAC.
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/2520098322890075O 


O que são as cirurgias da obesidade (cirurgias bariátricas)?

As cirurgias da obesidade são um conjunto de técnicas cirúrgicas, com respaldo científico, com ou sem uso de órteses (anel), destinadas à promoção de redução ponderal e ao tratamento de doenças que estão associadas e/ou que são agravadas pela obesidade.

Qual a técnica cirúrgica mais realizada atualmente, e quais são as vantagens e desvantagens?

Atualmente a técnica cirúrgica mais realizada no mundo é o “Bypass Gástrico em Y de Roux” e como toda técnica cirúrgica apresenta vantagens e desvantagens. Dentre as vantagens desta técnica podemos destacar a saciedade precoce, a rápida perda de peso e controle qualitativo da dieta, e em relação às desvantagens, destaca-se a presença de Dumping e o comprometimento da absorção de minerais (Fe e Ca em especial) e vitaminas.

Para quem é indicado ou contra indicado tal cirurgia?

Segundo a Organização Mundial de Saúde e Agência Nacional de Saúde, indica-se a cirurgia bariátrica para indivíduos entre 18 e 65 anos com diagnóstico de obesidade grau III (IMC ≥ 40 kg/m2) ou obesidade grau II (IMC ≥ 35 kg/m2) associada à presença de co-morbidades (diabetes melittus, hipertensão, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, dislipidemia, distúrbios do trato gastrointestinal, apnéia do sono, artropatias, distúrbios psicossociais e câncer) e históricos de tratamentos clínico-nutricionais a longo prazo sem sucesso. Pacientes de alto risco (hepatopatas graves, cardiopatas graves, insuficiência renal crônica, dependentes de álcool ou drogas, retardo mental e portadores de psicose grave) normalmente são contra indicados para a cirurgia. Obs.: Entre 16 a 18 anos – sempre que houver indicação e consenso entre a família e equipe multidisciplinar.

Quais são os cuidados nutricionais antes, durante e pós-cirurgicos?

Antes da cirurgia é fundamental a avaliação nutricional do paciente, através de uma anamnese completa, incluindo aspectos nutricionais comportamentais, qualitativos e quantitativos. Após a anamnese deve ser proposto ao paciente um plano alimentar equilibrado e balanceado de acordo com suas necessidades nutricionais, respeitando suas condições clínicas, psicológicas e metabólicas, com o intuído de iniciar a perda de peso pré-operatório, uma vez que o recomendado é a perda entre 5-10% do peso inicial, minimizando riscos de complicações pós-operatórias. Nas próximas consultas que antecedem a cirurgia as adesões a estas orientações nutricionais devem ser avaliadas criteriosamente, pois é início de uma série de mudanças que terão como conseqüência o sucesso da cirurgia a médio e longo prazo. Dois dias antes da cirurgia é iniciada dieta hipocalórica líquida isenta de sacarose, e após a alta hospitalar, esta orientação deve ser seguida até 15 dias de pós-operatório, período em que o paciente deve ser reavaliado e a dieta possivelmente evoluída. Durante 15, 30, 60 e 90 dias pós-operatório a evolução da dieta é progressiva tanto em termos de consistência, quanto qualitativamente. O acompanhamento após 90 dias com toda a equipe interdisciplinar acontece de acordo com necessidade do paciente, porém recomenda-se no mínimo uma avaliação a cada 6 meses para os pacientes mais “disciplinados”. As mudanças de hábitos alimentares (educação nutricional ao paciente e a família) e estilo de vida, (como por exemplo, a inclusão de atividade física no dia-a-dia), que devem ser trabalhadas e incentivadas durante todas as etapas do acompanhamento, a fim de minimizar prejuízos a massa muscular e riscos de deficiências de micronutrientes.

Por que e quando é necessário tomar polivitamínicos pós-operatório?

O uso de suplemento polivitamínicos e minerais deve ser imediatamente após a alta hospitalar. A má absorção de calorias é desprezível, no entanto, vitaminas e minerais têm a absorção diminuída e vão necessitar reposição e monitoramento por toda a vida.

Qual redução de peso esperada?

O resultado quanto à perda de peso a médio e longo prazos são bons, à custa de baixo índice de complicações cirúrgicas e nutricionais. A perda de peso esperada é aproximadamente entre 35 a 40% do peso inicial, resultado este que normalmente é atingido entre 18 e 24 meses após a cirurgia.

O que é síndrome de Dumping?

A síndrome de dumping é um mal estar temporário, caracterizado por sudorese, taquicardia e fraqueza, causado normalmente pela ingestão de açúcares (doces em geral).


Qual a importância da equipe interdisciplinar (nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, enfermeiro, endocrinologista e cirurgião)?

Sendo a obesidade uma doença multifatorial, cada área de atuação possui um enfoque específico dentro do tratamento. Estas especialidades associadas possuem a característica de atuar de forma global nos diversos fatores (psicossociais, comportamentais e biológicos) que desencadeiam e/ou promovem a manutenção da doença. É importante ressaltar que o conhecimento de cada especialidade é de grande valia quando compartilhado dentro da equipe na busca de uma estratégia de intervenção comum, que associada a adesão do paciente e suas famílias, podem garantir o sucesso do pós-operatório a longo prazo, com uma melhor expectativa e qualidade de vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário